Eis um excerto de A Confissão, conto de Miguel Torga:
"Talvez os outros o fizessem. Ele é que nunca. Nem tinha a certeza, nem era denunciante. Portanto, só havia um recurso: fugir.
E fugira, realmente, nessa mesma noite, coisa que não passara sequer pela cabeça do guarda.
Tanto assim que nem sentinela mandará pôr a porta da velha cadeia concelhia onde agora o guardava sozinho. Embora escapulindo-se, confirmava para o resto da sua vida a acusação que lhe faziam, às tantas da manhã, com energia, a paciência e a arte de que apenas se é capaz nas horas apertadas ala que se faz tarde.
Passou por casa, mudou de roupa, pediu dinheiro emprestado, e antes do sol se pôr atravessou a fronteira.
Voltará agora decorrido meio século, velho, pobre, amargurado com toda uma existência de exilado atrás de si e dorido ainda dos golpes injustos que receber."
Este excerto fala-nos de um senhor que se chamava Armindo que é acusado de um crime que não cometeu, por isso foi obrigado a fugir, porque já estava farto de levar pancado do guarda, que se chamava Reinaldo.
A polícia tinha uma testemunha que confirmará que era a ele que tería visto, mas o senhor Armindo continuava a negar e o guarda dizia-lhe que teria de esperar até ao outro dia de manhã, porque era quando se iria realizar o seu julgamento.
Mas o senhor armindo fugiu, nessa madrugada, sem o guarda dar conta pois não queria ser julgado por um erro que não tinha cometido.
O sonhor, depois de ter fugido da prisão, só teve tempo de passar por casa, trocar de roupa, pedir algum dinheiro emprestado e atravessar a fronteira, antes do pôr-do-sol.
Passado meio século, o senhor Armindo voltará já velho e com as marcas de lhe terem batido injustamente.
Vânia Morais, nº25, 11.ºE
"Talvez os outros o fizessem. Ele é que nunca. Nem tinha a certeza, nem era denunciante. Portanto, só havia um recurso: fugir.
E fugira, realmente, nessa mesma noite, coisa que não passara sequer pela cabeça do guarda.
Tanto assim que nem sentinela mandará pôr a porta da velha cadeia concelhia onde agora o guardava sozinho. Embora escapulindo-se, confirmava para o resto da sua vida a acusação que lhe faziam, às tantas da manhã, com energia, a paciência e a arte de que apenas se é capaz nas horas apertadas ala que se faz tarde.
Passou por casa, mudou de roupa, pediu dinheiro emprestado, e antes do sol se pôr atravessou a fronteira.
Voltará agora decorrido meio século, velho, pobre, amargurado com toda uma existência de exilado atrás de si e dorido ainda dos golpes injustos que receber."
Este excerto fala-nos de um senhor que se chamava Armindo que é acusado de um crime que não cometeu, por isso foi obrigado a fugir, porque já estava farto de levar pancado do guarda, que se chamava Reinaldo.
A polícia tinha uma testemunha que confirmará que era a ele que tería visto, mas o senhor Armindo continuava a negar e o guarda dizia-lhe que teria de esperar até ao outro dia de manhã, porque era quando se iria realizar o seu julgamento.
Mas o senhor armindo fugiu, nessa madrugada, sem o guarda dar conta pois não queria ser julgado por um erro que não tinha cometido.
O sonhor, depois de ter fugido da prisão, só teve tempo de passar por casa, trocar de roupa, pedir algum dinheiro emprestado e atravessar a fronteira, antes do pôr-do-sol.
Passado meio século, o senhor Armindo voltará já velho e com as marcas de lhe terem batido injustamente.
Vânia Morais, nº25, 11.ºE
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