quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A Vizinha do Lado - André Brun

O livro que eu li intitula-se a "Vizinha do Lado" e é da autoria de André Brun. É uma comédia representada em 4 actos, escrita em 1913. "A Vizinha do Lado" foi adaptado ao cinema por António Lopes Ribeiro e contou com o talento de grandes actores como António Silva, Nascimento Fernandes e António Vilar.
A peça foi representada pela primeira vez no Teatro do Ginásio de Lisboa, em 1945.
A acção decorre num prédio lisboeta, um pouco antes da 1.ª Guerra Mundial.
Tudo começa com uma conversa entre o senhor Jerónimo e a criada de cima (ambos coscuvilheiros e que queriam saber tudo), pois na noite anterior a criada de cima tinha ouvido uma discussão entre o senhor Saraiva e a mulher. O senhor Saraiva era um mulherengo, pois andava sempre atrás de qualquer rabo de saia. A mulher, nessa noite, tinha tratado muito mal o senhor Saraiva, pois o senhor Saraiva tinha tido uma amante espanhola e agora tinha uma francesa, chamada Marcella, uma francesa deliciosa de quem ele recebia cartas perfumadas, com cheiro a violeta…
Por sua vez, Eduardo espera pela sua companheira Isabel, que tinha saído de casa de mau humor e levara a chave com ela, pois ele queria entrar em casa e não tinha chave. É aqui que começa uma conversa com o Jerónimo (homem coscuvilheiro, mas um bom senhor e bom conselheiro), em que falam de Isabel, que já tinha ameaçado Eduardo de se matar. Ao lado, Mariana toca piano mas muito mal e Eduardo começa a dizer-lhe que já não suporta ouvir mais aquele piano e que qualquer dia mata o piano, a velha (D. Adelaide, tia de Mariana e madrinha) e Mariana.
Eduardo recebe uma carta do pai a anunciar que em breve receberia a visita do tio Plácido (Tio de Eduardo, e professor de Moral em Famalicão e antigo namorado de D. Adelaide). O tio vinha de Famalicão para Lisboa para ver a vida do sobrinho, que tinha vindo para Lisboa estudar Medicina e acabara de fazer peças para o teatro das Barbaridades onde ele e Isabel trabalhavam, e não andava a estudar medicina…
Eduardo avisa Jerónimo (guarda - portão do prédio) que, se visse um homem gordo e que andasse à procura dele, para lhe dizer que se tinha mudado nessa manhã, pois ele não queria receber o tio, porque não tinha a vida que os pais e o tio pensavam que ele tinha. Sai do prédio ao lado de Mariana e Eduardo apaixona-se por ela. Foi amor à primeira vista.
Passado algum tempo, aparece Isabel, que começa a discutir com Eduardo, dizendo que já tem outro homem e que o ama e que esse homem lhe deixou um bilhete de visita. Eduardo leu o bilhete e verificou que era do seu tio Plácido. Ficou em estado de choque, pois não queria ter o seu tio em casa dele…
Isabel vai para a cozinha fazer o almoço. Faz ovos estrelados. Eduardo põe-se no parapeito da janela a ver a rua, onde vê o seu tio a olhar para o prédio. Esconde-se, mas não adianta, porque, passado alguns minutos, tocam a campainha e quem era? O seu tio Plácido e o guarda – portão! Isabel esconde-se na cozinha a estrelar os ovos e a fritar os bifes.
Depois, Eduardo tenta dar a volta ao tio e convence-lo a voltar para Famalicão, que por ali estava tudo bem e que os estudos de Medicina corriam muito bem.
Isabel faz barulho na cozinha o que faz desconfiar Plácido que pergunta o que se passa e Eduardo diz que aquilo não é a cozinha que é o laboratório e que deviam ser os ratos.
Isabel continua a fazer barulho, Plácido entra e dá de caras com Isabel. O sobrinho ainda tenta mentir ao tio, mas não consegue, este acaba por descobrir toda a verdade acerca do seu sobrinho Eduardo.
Enquanto Isabel acaba o almoço, Eduardo põe-se no parapeito da janela a mirar Mariana, pois já estava apaixonado por ela. Isabel repara que Eduardo está a olhar para Mariana e pega na frigideira com os ovos e arruma com os ovos fritos na cara de Mariana que fica toda amarela.
Chega a casa D. Adelaide e pergunta a Mariana o que se tinha passado para estar toda amarela, cheia de ovo, mas esta não conta o que se tinha passado. De tanto a tia insistir, Mariana conta tudo à madrinha, esta chama Jerónimo para chamar um polícia e de preferência que tenha pêra ou barba.
Jerónimo, para não arranjar confusões no prédio, vai avisar o Eduardo e o seu tio Plácido.
Plácido, homem bem-educado e bem apresentado, vem falar com D. Adelaide e pedir-lhe desculpas. Com tanta conversa, estes acabam por descobrir que já tinham sido namorados em tempos antigos, isto é, quando eram adolescentes. Entretanto chega Eduardo a casa de D. Adelaide, a quem pede desculpas por aquilo que se tinha passado. Com tudo resolvido, põem-se a escutar Mariana a tocar piano.
Isabel desaparece… Vai dar uma volta…
Em casa de D. Adelaide está um clima de amor e ternura. Eduardo conversa com Mariana e diz-lhe que está apaixonado por ela e ela diz-lhe que também está apaixonada por ele.
Isabel vem para casa e vê Eduardo a sair de casa de Mariana. Acabam por discutir, e cada um segue o seu futuro. Mariana fala com Isabel e pede-lhe desculpas por ela se ter apaixonado por Eduardo e Isabel diz que não faz mal, que eles eram muito diferentes um do outro e que aquilo não dava em nada.
Plácido casa com D.Adelaide e Eduardo casa com Mariana.
Saraiva vai para casa pedir desculpas à mulher pelas traições, e promete-lhe que nunca mais vai traí--la.
Isabel segue a sua vida sem Eduardo…
Gostei muito de ler este livro, pois é um livro muito cómico e, por isso, muito agradável de ler.

Andreia Tomás, 11.ºE, N.º 7

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