O livro que escolhi ler foi "Nunca nada de ninguém" de Luísa Costa Gomes.
A primeira coisa que chama a atenção neste livro, ao visualizarmos a capa, é o título, que é constituído por três palavras com valor muito negativo e uma preposição, esta aliteração do "n" reforça uma ideia absurda e sem sentido.
Esta peça de teatro é constituída por três actos e três interlúdios (breve episódio que entrecorta a sequência normal dos actos).
Os textos têm diversas personagens sem nada, aparentemente, que as ligue, a não ser o esvaziamento e o absurdo da sua existência.
As personagens sem nome próprio não deixam, porém, de ter uma grande consistência psicológica, o que evidencia o que têm em comum: a solidão. Elas retratam a sociedade moderna, cosmopolita, desde o marginal ao alto-burguês. Estas personagens sem nome são, também, de certa forma, estereótipos.
Ao longo da peça sobressai um grande sentimento de angústia e negatividade existencial face ao desacordo das vidas que se cruzam.
Bárbara Tavares
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