quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

domingo, 20 de dezembro de 2009

Mar - Miguel Torga

O livro que eu li tem por título "Mar" e foi escrito por Miguel Torga.
Nos três actos que fazem parte desta obra, são abordadas histórias intriguístas. As histórias que circulam de "boca em boca" estão muito presentes, o que torna este livro uma obra representativa de um certo modo de vida, a vida do povo, tão do agrado de Miguel Torga.
Os três actos contam-nos a história do suicídio de Rosa e dos diferentes boatos que se fizeram ouvir na "Taberna dos pescadores" a propósito dessa morte.
Como disse na apresentação do PIL, a personagem que mais me supreendeu foi a Mariana que, apesar de ouvir todas as versões destas histórias, manteve sempre uma posição firme, relativamente às restantes, pois guardou todas as histórias que ouviu e nunca fez delas boatos.
É uma obra dramática de leitura agradável e, à medida que a lemos, deparamo-nos com algumas lições que, cada vez mais, se aplicam ao nosso dia-a-dia.


Francisca Macara, 11.ºD

sábado, 19 de dezembro de 2009

Nunca Nada de Ninguém - Luísa Costa Gomes

O livro que escolhi ler foi "Nunca nada de ninguém" de Luísa Costa Gomes.

A primeira coisa que chama a atenção neste livro, ao visualizarmos a capa, é o título, que é constituído por três palavras com valor muito negativo e uma preposição, esta aliteração do "n" reforça uma ideia absurda e sem sentido.

Esta peça de teatro é constituída por três actos e três interlúdios (breve episódio que entrecorta a sequência normal dos actos).

Os textos têm diversas personagens sem nada, aparentemente, que as ligue, a não ser o esvaziamento e o absurdo da sua existência.

As personagens sem nome próprio não deixam, porém, de ter uma grande consistência psicológica, o que evidencia o que têm em comum: a solidão. Elas retratam a sociedade moderna, cosmopolita, desde o marginal ao alto-burguês. Estas personagens sem nome são, também, de certa forma, estereótipos.

Ao longo da peça sobressai um grande sentimento de angústia e negatividade existencial face ao desacordo das vidas que se cruzam.

Bárbara Tavares

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O Vagabundo das Mãos de Ouro - Romeu Correia

Albino andava de aldeia em aldeia, nas feiras e romarias, a fazer as suas peças de teatro, uma vez que é ele que as faz com a ajuda do Zé. Albino tinha um grande problema: a bebida, às vezes, até chegava a ficar maluco.
Ele fazia as peças de teatro com o Zé e deixavam-se levar pelos sentimentos, pois tudo o que eles representavam estava ligado à sua vida real. Embora Albino tentasse esquecer, não conseguia, então, transmitia os seus sentimentos para o público através das marionetas.
A história começa com Cláudia que queria mudar de vida, pois já estava farta da vida que levava, de sofrer e de esperar por Albino já que este a tinha abandonado quando estava grávida de Hortense. Ela decide casar-se novamente, ter outra vida, viver outra aventura, pois tinha esse direito. Contudo ela ainda amava Albino. Cláudia ia casar-se com Aleixo, mas ainda ninguém sabia; andava o rumor pela aldeia, mas ninguém tinha a certeza de nada. Mónica vai a casa de Cláudia para ver se já estava tudo preparado e Cláudia manda sair Hortense. Hortense vai a fonte e, ao vir para casa, começa a ser gozada pelas pessoas da aldeia. Começam a olhá-la de outra maneira e a fazer perguntas: Quando chega o teu padrasto? Essa agua é para ele? etc.. Hortense, sem perceber o que se estava a passar, começa a correr e, quando chega a casa, começa a contar a sua mãe. Cláudia, então, conta-lhe a verdade e esta não aceita, pois vai ser mal vista na aldeia, uma vez que as pessoas tinham uma mentalidade antiquada. Tudo o que fosse novo não era aceite e se uma mulher arranjasse outro homem era mal vista e considerada uma mulher da vida.
A mãe de Cláudia também lhe dizia que aquilo que ela ia fazer também não estava certo e se o homem que ela teve não lhe chegava… Cláudia revolta-se e diz que ninguém tem o direito de a julgar e que ela tem o direito de fazer a sua vida, pois Albino abandonou-a.
De repente, aparece Aleixo mais Ernesto em casa de Cláudia para marcarem as coisas. Hortense não se sentou à mesa porque não aceitava e a avó, que tanto criticou, sentou-se à mesa…
Depoi de almoçarem, Cláudia, Mónica, Ernesto e Aleixo saíram e a avó ficou em casa. Hortense critica a avó e começa a chorar. A avó conta-lhe que o seu pai está vivo e que tem mãos de ouro. Hortense fica muito contente e decide ir à procura do seu pai.
Neste momento, Albino emociona-se e Hortense ganha vida. Ela começa a falar com ela e diz-lhe que o seu pai está vivo e que ia à procura dele, pois ele tinha umas mãos de ouro. Ela diz que sim, que sabe disso tudo e começa a gritar com o Zé para que ele começasse a vestir as marionetas… Queria mudar, queria fazer outra peça, visto que estava a sentir-se mal, porque estava a lembrar-se da sua vida passada…
Hortense foge e ele começa a fazer outra peça.
No segundo acto entram as mesmas personagens, mas com outros nomes e em outras vidas. Hortense volta e começa a participar na peça. Ela aparece em casa de uma família burguesa, numa discussão e ela aparece muito engraçada, calma, meiga e a brincar. D. Elisa estava confusa: como foi ela parar ali?, e perguntava-lhe quem era ela e ela dizia que era a Hortense. Ela não estava a gostar da brincadeira e chama a criada, pensando que era uma amiga dela, mas esta enganou-se. Leonardo dizia à mãe para ficarem com ela, que era muito engraçada e que queria fazer um retrato dela. A mãe começa a discutir com ele e Honorato, Clara e Leonardo começam-se a rir dela. Honorato estava farto de Elisa, pois esta não lhe dava amor, só o criticava. Ela só pensava em ter dinheiro, luxo e o trabalho do marido era uma trabalho sujo e Honorato não gostava, pois era graças ao seu trabalho que ela comprava as suas coisas e sustentava a casa.
Eles vão-se embora e Honorato começa a abraçar Hortense, a dizer que ela era muito bonita, e que iam fugir os dois para longe, sem ninguém saber.
Hortense começa a gritar e a pedir ajuda à sua mãe e à sua tia Mónica. Ela consegue soltar-se e foge para os braços de Leonardo.
No terceiro acto, Hortense entra em estado de loucura, pois começa a confundir as pessoas, visto que começa a chamar a Leonardo Leandro, chama a Honorato Aleixo etc... D. Elisa pensa que ela é doente e acalma-a adormecendo-a. Quando ela adormeceu, começou a sonhar e chamava pela sua família, até que vomitou sangue para almofada e eles pensaram que era serradura, fugindo dela, porque pensavam que era uma doença contagiosa. Leonardo foi o único que não fugiu, porque gostava dela e não ia abandoná-la. De repente, entra pelo palco Albino, dizendo que lhe querem roubar Hortense. Zé continua a representar…
Dagoberto dá uma novidade à família, dizendo que Albino foi internado no manicómio porque ficou doido.
Assim acaba a peça de teatro e o mestre Albino chora e embala os farrapos da boneca, que era Hortensa e começa a relembrar a sua infância.

Telma Coelho, n.º23, 11.ºE

O Indesejado - Jorge de Sena

1ºActo: a história passa-se em Lisboa, no mês de Agosto de 1980, no início de uma linda tarde, no salão do paço da ribeira. Sentados a uma mesa encontram-se vários fidalgos, entre eles estava presente D. Francisco de Portugal, o Conde Vimosa, Duarte de Castro, Manuel da Silva Coutinho, António Baracho. Estes, enquanto bebiam, cantavam uma quadra:
-Viva el-rei D.Henrique
no inferno muitos anos
que deixou em testamento
Portugal aos Castelhanos!

De repente entra D. António e o bispo da guarda e, à chegada destes, todos se levantam.
D. António fala aos senhores que o duque de Alba tinha desembarcado em Lisboa. Depois começa uma conversa sobre a vida de D. António e da sua família. Ele tinha que salvaguardar a ordem e todos gritavam "arraial, arraial, por D. António de Portugal". Saem todos, ficando só D. António e o bispo. D. António ainda não era rei, pois o verdadeiro rei tinha morrido na batalha de Alcácer. De repente entra um criado e avisa que D. Filipa queria falar com ele. Este diz a Duarte de Castro e a Diogo Botelho para os deixarem a sós. D. Filipa, o meio da conversa, diz que o ama, que queria casar com ele, mas este disse que não a amava, pois poderia ser vista como irmã dos seus filhos e como sua filha. D. António tira um anel do seu dedo e oferece-lho, e ela rejeita, de seguida beija-lhe a mão, mas são interrompidos por Diogo Botelho que lhe vem dizer que o povo o cercava.
2ºActo: passa-se em Angra, na Ilha Terceira, no mês de Outubro de 1582, numa sala com cadeirões esbeltos e mesas.
É de noite e Duarte de Castro e Cipriano de Figueiredo conversam na sala. Figueiredo diz que estava com D. António quando ele precisasse dele. Durante a conversa, são interrompidos por D. António que lhes diz que vai partir, e estes interrogam-no com questões do tipo “Quando?” e “E para onde?” Este responde que ainda não sabe. Ao sair Duarte de Castro da sala, entra Baracho, querendo fazer algumas perguntas a D. António. Este dizia a Figueiredo que Duarte de Castro o queria matar, pois todos os seus amigos e inimigos o queriam ver morto.
3ºActo: passa-se em Londres, no ano de 1589, numa sala mobilada, com uma janela virada para a rua, onde está D. António e Diogo Botelho. D. António está a confessar-se a Frei Agostinho e Diogo Botelho que está presente ouve um barulho igual ao de uma carruagem e vem ver o que é. Depois da confissão, D. António levanta-se para ver quem é, entrado Diogo Botelho com Lady Harriet. Esta só queria o seu anel este deu-lho e ela foi-se embora. Após a sua saída, recebe um convite de Sua Alteza para ir ao palácio, mas ele não aceita.
4ºActo: passa-se em Rueil, local próximo de França, no mês de Agosto de 1595, ao entardecer, nos aposentos de D. António.
Ao levantar do pano, D. António encontra-se a escrever, junto dele está o seu filho D. Cristóvão, Diogo Botelho e Cipriano de Figueiredo. Escrevia que ia morrer e seu filho e os restantes diziam-lhe que ele iria durar muitos anos. Mas este encontrava-se muito doente, então, Diogo Botelho, numa súbita iluminação, percebe o que ele estava a dizer e finge que está a segurar a coroa.
D.António diz-lhe para ele repetir o que dizia enquanto lhe metia a coroa. Começaram então:
"-Em nome do padre, do filho e do espírito santo, D. António o primeiro de seu nome, rei de Portugal e do Algarve".
Após isto, D. António morre nos braços de Diogo Botelho.

Cátia Marlene, n.º11, 11.ºE

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A Vizinha do Lado - André Brun

"A Vizinha do Lado apresenta uma tese e a tese é portuguesíssima. Nela se pretende demonstrar, com factos verosímeis, que nunca devemos desesperar nas situações mais complicadas da vida, que o destino tudo resolve por si e modifica a nossa existência duma hora para a outra. Ele se encarrega de desfiar as meadas mais complicadas e resta-nos apenas esperar que nos guie e faça de nós o que muito bem entender."

Andreia Tomás

A Vizinha do Lado - André Brun

O livro que eu li intitula-se a "Vizinha do Lado" e é da autoria de André Brun. É uma comédia representada em 4 actos, escrita em 1913. "A Vizinha do Lado" foi adaptado ao cinema por António Lopes Ribeiro e contou com o talento de grandes actores como António Silva, Nascimento Fernandes e António Vilar.
A peça foi representada pela primeira vez no Teatro do Ginásio de Lisboa, em 1945.
A acção decorre num prédio lisboeta, um pouco antes da 1.ª Guerra Mundial.
Tudo começa com uma conversa entre o senhor Jerónimo e a criada de cima (ambos coscuvilheiros e que queriam saber tudo), pois na noite anterior a criada de cima tinha ouvido uma discussão entre o senhor Saraiva e a mulher. O senhor Saraiva era um mulherengo, pois andava sempre atrás de qualquer rabo de saia. A mulher, nessa noite, tinha tratado muito mal o senhor Saraiva, pois o senhor Saraiva tinha tido uma amante espanhola e agora tinha uma francesa, chamada Marcella, uma francesa deliciosa de quem ele recebia cartas perfumadas, com cheiro a violeta…
Por sua vez, Eduardo espera pela sua companheira Isabel, que tinha saído de casa de mau humor e levara a chave com ela, pois ele queria entrar em casa e não tinha chave. É aqui que começa uma conversa com o Jerónimo (homem coscuvilheiro, mas um bom senhor e bom conselheiro), em que falam de Isabel, que já tinha ameaçado Eduardo de se matar. Ao lado, Mariana toca piano mas muito mal e Eduardo começa a dizer-lhe que já não suporta ouvir mais aquele piano e que qualquer dia mata o piano, a velha (D. Adelaide, tia de Mariana e madrinha) e Mariana.
Eduardo recebe uma carta do pai a anunciar que em breve receberia a visita do tio Plácido (Tio de Eduardo, e professor de Moral em Famalicão e antigo namorado de D. Adelaide). O tio vinha de Famalicão para Lisboa para ver a vida do sobrinho, que tinha vindo para Lisboa estudar Medicina e acabara de fazer peças para o teatro das Barbaridades onde ele e Isabel trabalhavam, e não andava a estudar medicina…
Eduardo avisa Jerónimo (guarda - portão do prédio) que, se visse um homem gordo e que andasse à procura dele, para lhe dizer que se tinha mudado nessa manhã, pois ele não queria receber o tio, porque não tinha a vida que os pais e o tio pensavam que ele tinha. Sai do prédio ao lado de Mariana e Eduardo apaixona-se por ela. Foi amor à primeira vista.
Passado algum tempo, aparece Isabel, que começa a discutir com Eduardo, dizendo que já tem outro homem e que o ama e que esse homem lhe deixou um bilhete de visita. Eduardo leu o bilhete e verificou que era do seu tio Plácido. Ficou em estado de choque, pois não queria ter o seu tio em casa dele…
Isabel vai para a cozinha fazer o almoço. Faz ovos estrelados. Eduardo põe-se no parapeito da janela a ver a rua, onde vê o seu tio a olhar para o prédio. Esconde-se, mas não adianta, porque, passado alguns minutos, tocam a campainha e quem era? O seu tio Plácido e o guarda – portão! Isabel esconde-se na cozinha a estrelar os ovos e a fritar os bifes.
Depois, Eduardo tenta dar a volta ao tio e convence-lo a voltar para Famalicão, que por ali estava tudo bem e que os estudos de Medicina corriam muito bem.
Isabel faz barulho na cozinha o que faz desconfiar Plácido que pergunta o que se passa e Eduardo diz que aquilo não é a cozinha que é o laboratório e que deviam ser os ratos.
Isabel continua a fazer barulho, Plácido entra e dá de caras com Isabel. O sobrinho ainda tenta mentir ao tio, mas não consegue, este acaba por descobrir toda a verdade acerca do seu sobrinho Eduardo.
Enquanto Isabel acaba o almoço, Eduardo põe-se no parapeito da janela a mirar Mariana, pois já estava apaixonado por ela. Isabel repara que Eduardo está a olhar para Mariana e pega na frigideira com os ovos e arruma com os ovos fritos na cara de Mariana que fica toda amarela.
Chega a casa D. Adelaide e pergunta a Mariana o que se tinha passado para estar toda amarela, cheia de ovo, mas esta não conta o que se tinha passado. De tanto a tia insistir, Mariana conta tudo à madrinha, esta chama Jerónimo para chamar um polícia e de preferência que tenha pêra ou barba.
Jerónimo, para não arranjar confusões no prédio, vai avisar o Eduardo e o seu tio Plácido.
Plácido, homem bem-educado e bem apresentado, vem falar com D. Adelaide e pedir-lhe desculpas. Com tanta conversa, estes acabam por descobrir que já tinham sido namorados em tempos antigos, isto é, quando eram adolescentes. Entretanto chega Eduardo a casa de D. Adelaide, a quem pede desculpas por aquilo que se tinha passado. Com tudo resolvido, põem-se a escutar Mariana a tocar piano.
Isabel desaparece… Vai dar uma volta…
Em casa de D. Adelaide está um clima de amor e ternura. Eduardo conversa com Mariana e diz-lhe que está apaixonado por ela e ela diz-lhe que também está apaixonada por ele.
Isabel vem para casa e vê Eduardo a sair de casa de Mariana. Acabam por discutir, e cada um segue o seu futuro. Mariana fala com Isabel e pede-lhe desculpas por ela se ter apaixonado por Eduardo e Isabel diz que não faz mal, que eles eram muito diferentes um do outro e que aquilo não dava em nada.
Plácido casa com D.Adelaide e Eduardo casa com Mariana.
Saraiva vai para casa pedir desculpas à mulher pelas traições, e promete-lhe que nunca mais vai traí--la.
Isabel segue a sua vida sem Eduardo…
Gostei muito de ler este livro, pois é um livro muito cómico e, por isso, muito agradável de ler.

Andreia Tomás, 11.ºE, N.º 7

Henriqueta Emília da Conceição - Mário Cláudio

"Pico - pico quem te deu tamanho bico, foi a pulga da balança, deu um pulo e pôs-se em França. Rei, capitão, soldado, ladrão, menina bonita do meu coração. Dorme e dorme, meu menino, que a mãezinha logo vem, foi lavar os teus paninhos na fontinha de Belém. Ai, ai, ai, minha machadinha, quem te pôs a mão, sabendo que és minha, sabendo que és minha, também eu sou tua, salta machadinha, para o meio da rua. Bom barqueiro, bom barqueiro, deixai-me passar, tenho filhos pequeninos, para acabar de criar, passarás e passarás, mas há-de ficar, se não for o da frente há-de ser o de trás."

Este excerto mostra-nos como Henriqueta não se encontrava em bom estado, sinal evidente dos seus distúrbios mentais, após a morte de Teresa.

Vânia Morais, n.º25, 11.ºE

Henriqueta Emília Conceição - Mário Cláudio

O livro que eu li intitula-se Henriqueta Emília da Conceição.

Este livro fala-nos do regresso de Henriqueta Emília da Conceição, personagem principal, com cujo regresso todos os seus amigos ficam muito contentes.

Henriqueta conta que um senhor brasileiro se interessou por ela na feira de São Lazaro, dizendo que ela era uma mulher viúva, mas prendada, e, Henriqueta, entusiasmada com aquilo que o senhor brasileiro lhe disse, até deixou cair a carteira! O senhor brasileiro, muito cavalheiro,apanhou-lhe logo a carteira e, nesse momento, convidou-a para irem os dois para um hotel, ali perto...

Depois, como todos tinham inveja de Henriqueta, ela sentia-se mal, por isso era Teresa Maria quem a consolava. Nesse dia, depois de a confortar, como estava muito em baixo, já não tinha cabeça para ir para casa, por isso. Henriqueta aconselha-a ficar lá em casa. Henriqueta vai buscar um cobertor, e, assim, adormeceram as duas na sua cama.

Mas para Teresa adormecer Henriqueta teve de lhe contar uma historia que era sapateiro

A cena seguinte passa-se no quarto de Henriqueta. Henriqueta fala com D. Carlota para esta ajudar Teresa, que diz que não a ajuda porque Teresa foi habituada no luxo e não a consegue ajudar. D. Carlota não percebe como é que Henriqueta se ligou tanto a Teresa, aquela diz que se ligou a ela por pena, quando apareceu em sua casa a chorar.

A cena seguinte passa-se ao pé da sepultura de Teresa, onde se encontram D.carlota, Henriqueta e o coveiro.

O coveiro explica a Henriqueta que a morte é dolorosa, mas Henriqueta não consegue ultrapassar aquele momento, pois sente muito a falta da sua amiga.

O corpo de Teresa, no caixão, começa a decompor-se e, por isso, o coveiro aconselha Henriqueta a livrar-se da alma de Teresa porque é muito perigosa. Aconselha-a a colocar a alma de Teresa num frasco, a cozer durante duas horas, e, depois de fechar o frasco, a livrar-se dele.

O acto seguinte decorre no quarto de Henriqueta e, ao fundo, observa-se a sepultura de Teresa com uma cruz altíssima. Eduardo D' Artayet procurou Henriqueta no Porto há dois dias e finalmente encontra-a. Este diz a Henriqueta que no Egipto. onde ele estivera, havia uma estátua muito parecida com ela. Eduardo D'Artayet repara que Henriqueta estava muito triste e, então, sugere-lhe que desabafe, mas esta diz-lhe que tudo aquilo que se passou ele já sabe. Então, para ver Henriqueta feliz, decide convidá-la para passarem uns dias numa quinta no Douro.

D.Carlota já estava farta de ouvir Henriqueta e decide ir embora para sua casa, porque já estava farta de ouvir a amiga sempre a defender Teresa.

De repente, batem à porta da casa de Henriqueta. Era a polícia que queria saber toda a verdade sobre Henriqueta, pois ela escondia alguma coisa em casa e o chefe da polícia queria saber. Se ela não contasse a verdade, ia remexer toda a casa o que daria muito trabalho.

Como Henriqueta não se decide a contar o que realmente esconde, o chefe da polícia manda o agente Judas abrir o sacrário, mas quando se vai a dirigir ao sacrário, Henriqueta trata-o mal e é ela própria que abre o sacrário. Não se responsabiliza, porém, pelo que pode acontecer, mas, mesmo assim, o chefe da polícia não quer saber e insiste em que ela vá abrir o sacrário... vê-se, então, lá dentro, a cabeça de Teresa iluminada.

Assim. o cadáver de Teresa é apreendido e tem um funeral normal. Henriqueta espera pelo julgamento do qual sai em liberdade, mas foi para uma clínica tratar-se, porque sofre de distúrbios mentais.

Vânia Morais, n.º25, 11.ºE

O Encoberto - Natália Correia

Toda a história do livro que li gira à volta da personagem Bonami-rei que se faz passar pelo rei D.Sebastião, que tem o cognome de "O Encoberto" ou "O Desejado", daí o título do livro. Contudo, penso que toda esta histórica dramática tem uma mensagem que se depreende das várias críticas com que nos deparamos ao longo do livro. Uma crítica a um povo crente, inocente, iludido e burro que não quer ver a realidade, e, ao mesmo tempo, uma crítica a uma nobreza falsa, interesseira, que só pensa em dinheiro. Esta crítica é feita, no caso do povo, pelo licenciado, uma personagem que é morta precisamente por fazer esta crítica. No caso da nobreza, esta crítica é feita por Cristóvão de Moura, vice-rei de Portugal. A crítica ao povo está presente no acto I, quando é visível que o povo acredita verdadeiramente que Bonami é D.Sebastião; e a crítica à nobreza está presente no acto II, quando esta classe social muda de ideias em relação ao destino do rei, consoante as ideias dos banqueiros. Isto porque os banqueiros adiantavam o dinheiro e, caso não libertassem Bonami, não financiariam.
Ao longo desta obra existe um paralelismo, uma comparação entre Bonami-rei e Jesus Cristo. Esta comparação - intertextualidade - é marcada por vários episódios da obra, bem como por frases semelhantes às da Bíblia. Ju-Ju, personagem que aparece no acto II, pode ser também comparada a Maria Madalena. Esta comparação é visível quando Ju-Ju lava com lágrimas os pés de Bonami, tal como Maria Madalena fez a Jesus Cristo. É também visível quando Bonami diz "Bebei do meu sangue", tal como Jesus Cristo disse aos apóstolos na última ceia. É também Ju-Ju que defende Bonami perante o povo, tal como fez Maria Madalena com Jesus Cristo. Também
Bonami se deixou morrer pelo povo, como o filho de Deus. E, já no fim da obra, também Bonami desapareceu do túmulo ao terceiro dia, tal como o Messias. Este desaparecimento é conhecido por Ju-Ju, mais uma vez, no papel de Maria Madalena. O povo continua assim a acreditar no regresso do rei, tal como também um povo, há 2009 anos atrás, acreditava no regresso de um Salvador.

Ana Patrícia, 11.ºE

O Encoberto - Natália Correia

Eu gostei muito de ler este livro. Este livro tem uma história que me cativou desde o inicio e, por trás da história, uma simbologia, uma crítica bastante interessante de se ler. A personagem com quem mais me identifiquei foi o licenciado, pelo facto de ser o único que manteve uma opinião realista e firme contra tudo e todos. A determinação desta personagem dá-nos a todos uma lição e, para além da determinação, também a sua coragem é uma lição de vida. Ele não mostrou medo de morrer e isso não mudou em nada as suas ideias. Todo o enredo do livro gira à volta do mito do sebastianismo.
Ana Patrícia, 11.ºE

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A Birra do Morto - Vicente Sanches

O livro fala de um morto que, em vida, tinha medo da morte e, agora que está morto, não quer, nem se comporta como tal.
Na peça, as personagens comunicam com ele como se estivesse vivo, querem convencê-lo a deixar-se enterrar, a deixar fechar o caixão, mas ele não se convence disso. Ele não queria que lhe fechassem o caixão, porque sofria de claustrofobia. Ele também não queria ser enterrado porque tinha medo dos bichos e, inclusivé, medo dos fantasmas! Um morto com medo de fantasmas não é muito comum, pois são eles que costumam ser associados aos fantasmas! Também não queria ser cremado, tudo lhe metia confusão...
Chegaram mesmo a chamar a Guarda Republicana para o tentar convencer, mas ele pura e simplesmente não queria e quando o amarraram e o meteram no caixão, o morto fez trinta por uma linha.
Depois de muito gritar, voltaram a abrir-lhe o caixão e ele falou com a mulher, e até tentou convencê-la a ir com ele. Tudo o que ele não queria era ficar sozinho e, no meio de toda a discussão, admitiu que se tinha casado tão cedo porque tinha medo de aormir sozinho, até ao psicólogo tinha ido e este dissera-lhe que a solução era casar-se, pois, deste modo, não iria mais dormir sozinho.
Claro que ele se tentou redimir, dizendo que também casou por amor e, na minha opinião, isso era verdade.
Esse era o último desejo do morto, que a mulher fosse com ele para o túmulo, mas não a convenceu.
Acabaram por lhe fechar o caixão e ele não parava de gritar. Nessa altura, o padre chegou e disse que depois de toda aquela fúria, nunca mais o iriam ouvir.

Gostei bastante deste livro pois é engraçado: achei a história criativa, divertida e interessante. Contudo, no final, depois de todas as argumentações do morto, tive pena que ele fosse enterrado. Ele preferia ir para a cadeia que ser enterrado, pelo menos na cadeia ele via o sol, aos quadradinhos, mas via. Gostei muito e recomendo a sua a sua leitura.

Cristiana Rodrigues

A Birra do Morto - Vicente Sanches

O livro que eu li chama-se "A Birra do Morto", de Vicente Sanches, cujo tema é a morte e o enterro de um morto... que se recusa a morrer!
Este é um defunto que não quer ser enterrado e, quando lhe é dada a notícia de que morreu, este tenta subornar o médico para que rasgue a certidão de óbito. Mas, por sua vez, o médico não cede ao seu pedido e dá a notícia aos familiares.
Chegada a hora de vestir o morto, este recusa que o façam, pois, para este, vesti-lo de fato preto é sinal de que o vão enterrar. Então, como não o conseguem vestir, este vai para a igreja em cuecas e com uma camisa e todos ficam escandalizados com ele. Para conseguir isso, o morto diz que sofre de claustrofobia, medo de fantasmas e que tem medo de dormir sozinho. Visto isto, chamam a polícia que o consegue meter, com muito esforço, na urna e tapá-la . Porém, o defunto, para voltar a ficar livre, argumenta que não se despediu da mulher e, assim, voltam a tirar a tampa da urna. Ele pede à mulher para ir com ele para a cova, pois não quere dormir todas as noites sozinho e porque gosta muito dela.
Esta é a acção dramática, na qual, de certa forma, todos nos revemos, pois ninguém quer morrer... Eu gostei deste livro, porque trata de um tema - a morte - de uma forma diferente do habitual e, em muitos momentos, é uma peça cómica, pois um morto não tem querer!
Achei este livro interessante: por exemplo, achei muito engraçado quando o morto pede à viuva para ir com ele para a urna, pois tem medo de estar sozinho e medo de fantasmas!

Ana Luísa, n.º3, 11.ºD

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O Vagabundo das Mãos de Ouro - Romeu Correia

Eu escolhi este livro por causa do título,sobretudo por causa da palavra "vagabundo".
Antes de o ler, fiz uma pequena pesquisa e constatei que a peça apresenta a história de um homem que anda, de feira em feira, a mostar as suas peças de teatro. As mãos de ouro são as suas, pois é ele que faz os seus próprios fantoches. Por esta razão, achei a peça interessante para a apresentar à turma.
Contudo, não foi só por causa do título, mas também porque não conhecia este autor, Romeu Correia, e fiquei interessada em conhecer a sua forma de escrever e poder compará-la com outros autores que já li.

Telma

domingo, 6 de dezembro de 2009

Henriqueta Emília da Conceição - Mário Cláudio

O livro que estou a ler é "Henriqueta Emília da Conceição", de Mário Cláudio. Este livro é uma peça de teatro.
Pelas cenas que já li, estou a achar o livro interessante.
Nesta peça, a personagem principal é Henriqueta Emília da Conceição, pois é à volta desta personagem que se desenvolve toda a acção dramática.
Teixeira é uma personagem que só está preocupada em saber aquilo que os outros têm e em meter-se na vida dos outros. Já Teresa Maria é uma prostituta que tenta retirar todo o dinheiro que pode aos homens que ela seduz.
É assim, à volta disto, que a acção se vai desenvolvendo.


Vânia Morais, nº25, 11.ºE