quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Retalhos da Vida de um Médico - Fernando Namora

Eu gostei muito de ler este livro, pois acho que está escrito de uma forma adequada para a nossa idade e acho que é um livro muito interessante.
Há histórias um pouco confusas no início, mas depois, para o fim, consegue-se perceber o sentido de cada história.
Também gostei muito da forma como o autor escreve.
Eu aconselho este livro a todas as pessoas que tenham a oportunidade de o ler, pois fala-nos de coisas que nos acontecem na vida sem nós esperarmos.

Vânia Morais




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Retalhos da Vida de um Médico - Fernando Namora

O livro que eu li é composto por catorze histórias e ainda uma outra história que é composta por seis partes.
Todas estas histórias são um pouco confusas no início, e custa um pouco a perceber, mas para o fim, percebe-se toda a história .
Este livro fala-nos da vida de um médico, de todo o seu medo inicial, em ser médico, e de como conseguiu vencê-lo.
Quase todas as histórias mostram pequenos retalhos da vida do autor, que, como sabemos era médico. O livro mostra como ele gostava de ajudar os outros, como sempre ajudou e nunca partia sem ajudar as pessoas que precisavam dele na vila.
Era um homem muito capaz, mesmo no dia em que ele foi ao casamento do farmacêutico, veio um camponês pedir ajuda para que alguém fosse socorrer a sua mulher e ele foi assistir ao parto da mulher do camponês, preferindo ajudar a mulher do que ir ao casamento do seu amigo farmacêutico.
Todo este livro fala de fases muito difíceis na sua vida, mas que ele comsegue, sempre, ultrapassar.
Por ser uma pessoa que gostava de ajudar os outros, todos as pessoas da vila só o queriam a ele e não queriam lá mais nenhum médico.

Vânia Morais




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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Retalhos da Vida de um Médico - Fernando Namora

Na história Outra história de um parto, despertou-me a atenção a seguinte passagem:
"Tinha levado a criança para a quentura da lareira e lá a cingiam com saiotes e faixas. Dera-se o deslocamento, o útero contraáa-se de novo para se libertar definitivamente. Aconselhei por fim um repouso absoluto, membros unidos e esticados. A hemorragia persistia ainda."
Vemos como, nestes casos, ainda não havia as condições que hoje há para realizar os partos; de qualquer modo, os cuidados médicos eram sempre envolvidos de muito afecto.
Na história Um conde na ilha fria o excerto que mais gostei foi:
"Não se lhe conhecia um amigo na vila. Dizia-se que o velho César só tinha olhos para suínos e para porqueiros do montado: era incapaz de reter a cara de um companheiro de taberna ou de qualquer ganhão que tivesse passado pela herdade. O seu mundo continuava deliberadamente estreito."
O velho César não tinha nenhum amigo na vila, pois só gostava de suínos, ou seja, animais. Era incapaz de ter boa cara para um companheiro de taberna ou de alguma pessoa que tivesse passado pela herdade. O velho César vivia num mundo muito estreito.
Vânia Morais
nº25
10ºE



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domingo, 22 de fevereiro de 2009

Retalhos da Vida de um Médico - Fernando Namora

Na história A visita, a parte mais interessante é a seguinte:"A criança chorou para os lados da cozinha e logo se ouviu o embalo impaciente do berço, os resmungos do homem. Depois, de novo o silêncio. A menina, atordoada, decerto voltara a adormecer. Eu esperava que o camponês entrasse no quarto, e enquanto as minhas mãos fingiam rebuscar mais algum segredo no corpo da doente ia imaginando rodeios, mentiras e palavras. Mas dissesse o que dissesse rodeios, mentiras, palavras, a verdade seria sempre pressentida e terrível."
Parece-me interessante destacar como a verdade da doença, por mais que o médico tentasse encobri-la, viria sempre ao de cima.
Na história Um homem do Norte, o excerto que mais gostei é este:
"Passei a visitá-lo diariamente, aliviando-o no que podia, das noites sufocadas pelas garras da sua asma cardíaca. Ele ia empalidecendo, o vigor dos gestos amolecia, a doença tomava maior relevo nas suas frases, embora essa contemporização ainda fizesse baixar os olhos de pejo e de desagrado. A governanta esperava-me à porta, um pouco antes da hora de visita."
O médico passou a visitar o seu utente diariamente, aliviando o seu paciente do que lhe poderia acontecer de noites devido à sua asma cardíaca, o que, mais uma vez, mostra o profundo humanismo deste médico.
Vânia Morais

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Húmus - Raúl Brandão

Eu gostei muito de ler este livro, pois é um livro muito interessante. O tema é a morte e é muito interessante, porque nos fala de um tema do nosso dia-a-dia, pois a morte acontece todos os dias.
Um ser nasce e outro nasce.
Contudo, este livro é um pouco confuso, pois custa muito a perceber e não aconselho este livro a quem tem problemas com a morte, pois pode ficar um pouco assustado (a).
Enfim, este livro é uma verdadeira obra prima, pois faz-nos pensar e ver a morte pelo outro lado e ver, realmente, como são as pessoas...
E termino como termina o livro:

Estamos todos à espera da morte! Estamos aqui à espera da morte!

P.S.Leiam este livro, pois não se vão arrepender, pelo contrário, vão aprender muito com ele.


Telma Coelho




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Húmus - Raúl Brandão

Húmus, de Raul de Brandão, é um livro onde se estranham e confundem a morte e a vida.

A história situa-se numa vila, cujo espaço de negatividade está simbolicamente ligado à morte, representando uma paisagem subjectiva, feita de papel glaciar, mesquinhez e tragédia, habitada por seres recalcados, sem história e sem passado.

A vila é assim uma estrutura simbólica da vida.

A vila é caracterizada como uma vila encardida, suja e imunda, com ruas desertas, pátios de lajes soerguidas pelo único esforço da erva. O castelo eram restos intactos de muralha que não tinha serventia.

Os seres que habitam esta vila são fantasmas, dotados de uma segunda vida, criam com o tempo, uma rede de hábitos, de insignificâncias e de ninharias.

O Húmus é um livro que está baseado na morte, que é o problema do dia a dia das personagens, pois todos têm medo dela, porque ninguém quer morrer.

Tanto na vila, como nas pessoas, tudo é subjectivo, nada é verdadeiro, nada presta e a morte é um grande problema que não tem solução.

As personagens vão aparecendo ao longo do livro: não existem personagens principais, todas têm um papel secundário, pois todas são falsas, mentirosas e a sua vida é cheia de pecados, que já não têm salvação. Cada pessoa tem um sonho, o de nunca morrer, ser imortal, viver para todo o sempre. Este era o desejo de todos os seres da vila. Para outros, a morte é um repouso eterno, é a partir da morte que todos descansam, pois já não têm problemas.

A morte é um mistério da vida, nunca acaba, por isso, morrer é uma estupidez, um grande absurdo, não tem lógica morrer, para isso, mais valia não nascermos.

A vida, para muitos, era um acto de fé feito a todos os instantes.

As pessoas da aldeia falavam entre elas e diziam que Deus não existia, a vida eterna não existia, nada no mundo existia, pois se Deus realmente existisse, não nos deixava morrer, vivíamos sempre, ajudava-nos ao longo da nossa vida, escutáva-nos, apoiáva-nos e não fazia de conta que não existimos. Ninguém quer assim um Deus, pois para ele é indiferente se estamos vivos ou mortos.

Portanto, Deus é o tudo e o nada, é uma lei inexorável, pois ele pode tudo, mas ao mesmo tempo não pode nada.

Sofrer ou não era indiferente, pois todos iam para mesma cova, assim era a vida, uma vida de sofrimento contínuo.

Eles, na vila, diziam: "Deus é cego! Deus é cego!"

Se deus existisse mesmo, tudo era melhor.

A D. Biblioteca morre porque os seus filhos Elias e Melias deixaram-na morrer à fome.

As almas das pessoas que morrem vão mal encaminhadas.

No dia 18 de Junho, as pessoas voltam a falar de Deus, pois se Deus não existe, a outra vida não existe, contudo temos que criar um Deus para os pobres, mas tem que ser um Deus bom, que lhes prometa o outro mundo. Então as pessoas usavam esta expressão " É mais fácil um camelo entrar pelo fundo de uma agulha que um rico no reino dos céus".

A D. Inocência e a D. Engracia discutiam sobre o céu e o inferno.

Todos tinham chegado a um ponto em que já não sabiam o que estavam a fazer, o que pensavam, quem eram, o que estavam ali a fazer e, pensavam para si mesmo, será que Deus existe? Será que o inferno existe? Será que o céu existe?

Tudo para as pessoas da vila era uma pergunta e uma grande dúvida.

O livro termina com os habitantes da vila a dizerem:

Estamos aqui todos a espera da morte! Estamos aqui todos a espera da morte!

Telma Coelho

Turma-E

Nº 23




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Retalhos da Vida de um Médico - Fernando Namora

O excerto que eu mais gostei na historia Reputação:
"O pequeno doente estava num dos quartos interiores.
Uma cama de criança, uma cómoda como oratório e manchas esverdeadas nas paredes que ressumavam húmidade.
A mãe tinha o rosto afogeado de lágrimas e veio atender-me à entrada do quarto, como se logo alí esperasse de mim um milagre. O sr. Botinhas sorria, entrelaçando os dedos."
O narrador refere-se a uma pessoa que estava doente e que estava fechado quarto.
Nesse quarto encontrava-se uma cama, uma cómoda e havia manchas na parede de cor esverdiada. além disso, o doente mandava coisas para a parede o que lhe dava um aspecto ainda mais nojento.
A mãe do doente, com lágrimas na cara foi atender o médico à porta do quarto, pensando que o médico fosse capaz de fazer milagres.
É esta crença que o povo tem no médico, quase cega, que o narrador nos transmite neste excerto.

Vânia Morais




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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Olhos Verdes - Luísa Costa Gomes

..."quanto mais as coisas correm bem, mais provável se torna que comecem a dar para o torto. É estatística. Se nunca tivemos um acidente de automóvel, torna-se cada vez mais provável que acabaremos por ter um acidente de automóvel. As coisas são assim e quem sabe, seja justo. É o género de justiça a que temos direito neste estado de coisas". Esta é uma das frases proferidas por Pedro Levi, isto porque ele pensava que as coisas, na vida, não devem correr sempre bem, assim vai ao encontro do seu tipo de personalidade, medroso, timido...

Para saberem o que ele fez em relação a todos os seus medos, leiam o livro de Luisa Costa Gomes, Olhos Vedes!

Célia




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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Retalhos da Vida de um Médico - Fernando Namora

Neste livro, o excerto que mais gostei foi na historia " Dias de vento":

"Aconteceu que certa manhã, um dos meninos entrou alarmado pela sala, fugindo a uma pedrada que estilhçou a vidraça da janela. A professora correu lá fora, a tempo de lubrigar um garoto feio e aciganado, saltando a cerca. O garoto teria aparecido por ali, atraído pela algazarra do recreio, e resolovera à pedrada qualquer desavença com um dos alunos da classe."

Tudo isto acontecera numa manhã, em tempo de aulas, quando um menino cigano, atraído pelo barulho que vinha do recreio da escola, decidiu atirar pedradas a um aluno.
Mas esse aluno foge para dentro da sala, refugiando-se ao pé da professora e contando-lhe tudo aquilo que se tinha passado.
Quando a professora veio ver quem era, só já viu o rapaz a saltar pela cerca.

Vânia Morais





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Uma Luz ao Longe - Aquilino Ribeiro

O livro que li é "Uma luz ao longe" de Aquilino Ribeiro. Fala de um rapaz, que era Amadeu Magalhães e que vivia na Lomba de Baixo. Era um garoto serrano, que queria seguir a vida eclesiastica, por isso, foi para o Colégio da Lapa.Certo dia, o senhor Saraiva levou-o para o Colégio. Chegou à Lapa, foi rezar sozinho para a capela onde está pendurado o largato verde. Ao anoitecer, o Saraiva foi lá buscá-lo e foi com Amadeu ao padre Leonel, que era o padre que gorvenava o colégio. Este era um padre que gostava muito de ler.
O padre Leonel disse a Amadeu para se portar bem, para ser um menino exemplar, mas Amadeu não se importava muito com aquilo que o padre dizia.
Depois da conversa com o padre Leonel, foi para os dormitórios que eram muito estranhos: a barra da cama de Amadeu estava pintada de amarelo cánario. Depois do senhor Saraiva se ter ido embora, os rapazes que já frequentavam o colégio começaram a chamar nomes ao Amadeu, então começaram todos à porrada, porque Amadeu não gostou daqueles nomes feios.
No dia seguinte, Amadeu foi chamado ao padre Leonel e foi castigado por uma coisa que não fez,uma vez que tinham sido os outros que tinham começado.
Pasado alguns meses, Amadeu e alguns colegas foram aprovados para fazer exame de instruçao primária no Liceu de Lamego (Escola Secundária de Latino Coelho), onde Amadeu passou com a ajuda do padre Leonel.
Alguns dias depois regressaram à Lapa. Mas,passados alguns meses, fugiu, porque a vida eclesiástica não era para ele.
Chegou a casa pela noitinha,quando já estavam todos a dormir. No dia seguinte, a mãe ficou muito contente de ver Amadeu, mas também muito admirada por ele ter fugido do Colégio da Lapa.
Amadeu sentia-se triste por causa do falecimento da tia Custódia e pela ausência do pai, mas tinha a Manuela Loia, que era uma tia e a alegria da família.
Passados alguns dias, Amadeu e a mãe partiram para Lisboa onde o pai de Amadeu ia ocupar um alto cargo.
Esta obra termina assim: " Lisboa, pátria dos meus amores sonhados, mão gentil a acenar-me, teatro onde se propunha representar a minha humanidade ambiciosa, luz ao longe, salve!"

Em suma, é um livro que tive dificuldade em ler pois não conhecia algum vocabulário. Este é um livro que remete para a realidade, porque pode haver pessoas que queiram seguir a vida eclesiastica, mas, quando se dá a chegada da adolescência, desistem daquilo que antes queriam ser. Foi o que aconteçeu com Amadeu Magalhães - personagem principal da história.
Toda a acção se passa no Colégio da Lapa, em Sernencelhe.

Andreia Tomás




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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Húmus - Raul Brandão

"E outra coisa monstruosa tomou o lugar da morte, sombra se entranhou de salto na vida, outro turbilhão arrasta os homens.
Modificaram-se as estrelas com os sentimentos. Cada ser aumenta como se encerrasse em si a vida até aos confins dos séculos. O passado não existe, o futuro redroba de proporções. Perdeu-se a noção do tempo, e a Via Láctea, onde se concentra toda a sensibilidade do mundo, alastra entre os astros, de lés a lés, numa enorme mancha de sangue.
Ouves o grito? Ouve-lo?.....-É preciso matar segunda vez os mortos."


Eu escolhi este pequeno excerto para mostrar um bocadinho do desenvolvimento do meu livro.

Telma Coelho




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domingo, 15 de fevereiro de 2009

As Intermitências da Morte - José Saramago

Neste livro, as personagens são conhecidas pelo nome da profissão que exerecem, por exemplo, a mulher/morte, o bispo, o primeiro ministro, o violoncelista.
Não tem localização geográfica especifica, ou seja, o livro não se refere a nenhum país em concreto, mas, metaforicamente, a todos os países do mundo, se bem que há traços que nos permitem pensar que Saramago tambvém pensava em Portugal...

"De Deus e da morte não se tem contado senão histórias, e esta é mais uma delas.", página 146

"Ela que poderia desfazer o papel com o olhar, reduzi-lo a uma impalpável poeira, ela que poderia pegar-lhe fogo só com o contacto dos dedos, e era um simples fósforo, o fósforo comum, o fósforo de todos os dias, que fazia arder a carta da morte, essa que só a morte podia destruir. Não ficaram cinzas." Página 214

Este livro termina da mesma maneira que começou: "No dia seguinte ninguém morreu." Ou seja, é a inquestionável e perturbadora ciclidade da vida que atormenta o homem.

Francisca Macara




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sábado, 14 de fevereiro de 2009

Húmus - Raul Brandão

"Queria ou não queria faz-me cismar…Na realidade morrer é absurdo.

Nunca me capacitei a sério que tivesse de morrer. Morrer é estúpido. Não compreendo a morte, e, por mais que desvie o olhar, prendo-me sempre a esse hora extrema…Um ser grotesco, um unguento verde, e aquela voz aos meus ouvidos. É caricato e pega-me dourado.

E pior é que este sonho é afinal o meu sonho e o teu sonho. Ninguém o confessa senão a si próprio. O nosso sonho é não morrer. Quando a gente se esquece um bocado a vida tem já passado. E quando a vida tem já passado é que nos agarramos com mais saudades à vida. A resignação custa muito horas doridas em que ficamos alheados e suspensos. A morte…A morte é inevitável? – Pergunto baixinho. E como a morte é inevitável, como tenho por força de me resignar, como não lhe posso fugir, para não perder tudo, criei a outra vida."

Eu escolhi este excerto para dar uma pequena ideia sobre o livro que estou a ler.

Por este excerto, retirado das primeiras páginas do livro, podemos observar que o tema principal é a morte.

A morte é um tema inquietante, é a realidade da vida humana, está sempre presente na vida do autor e das personagens que estão a volta dele. A morte é um enorme problema.

Ninguém queria morrer, o sonho era viver para sempre.

Telma




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João de Melo

João de Melo:

João de Melo nasceu em 1949 em São Miguel, uma das ilhas dos Açores. Dez anos mais tarde, viajou para Portugal, onde concluiu os seus estudos.

Em 1971 foi mobilizado para Angola,onde combateu na guerra colonial. A par da sua carreira literária, foi desenhador urbanista, sindicalista, jornalista, director editorial e professor de letras e filologia.

Embora tenha escrito ensaios, poesia e crítica literária, destaca-se pelas suas obras de ficção.

João de Melo afirma que a literatura é um espelho, um reflexo do imaginário dos povos. É cómodo, mas certeiro, porventura até mais fácil, conhecermos os povos e os países pelo seu imaginário do que propriamente pela sua paisagem ou pela geografia.

Obras Públicadas

Ficção

    • 1975 - Histórias da Resistência
    • 1977 - A Memória de Ver Matar e Morrer
    • 1983 - O Meu Mundo Não é Deste Reino
    • 1984 - Autópsia de um Mar de Ruínas (sobre a guerra colonial)
    • 1987 - Entre Pássaro e Anjo
    • 1988 - Gente Feliz com Lágrimas
    • 1992 - Bem-Aventuranças
    • 1997 - O Homem Suspenso
  • Poesia
    • 1980 - Navegação da Terra
  • Ensaio
    • 1968 - A Produção Literária Açoriana nos Últimos 10 Anos
    • 1982 - Toda e Qualquer Escrita
    • 1982 - Há ou Não Uma Literatura Açoriana?
  • Viagens
    • 2000 - Açores, o Segredo das Ilhas
  • Crónicas
    • 1994 - Dicionário de Paixões
  • Antologias
    • 1978 - Antologia Panorâmica do Conto Açoriano
    • 1988 - Os Anos da Guerra (2 vols.)

Prémios

  • Prémio Dinis da Luz (com o romance O Meu Mundo não é deste Reino)
  • Prémio Associação Cultural (com contos Entre Pássaro e Anjo)
  • Grande Prémio do Romance e Novela da A.P.E (com o romance Gente Feliz com Lágrimas
  • Prémio Eça de Queirós da Cidade de Lisboa
  • Prémio Cristóbal Colón das Cidades Capitais Ibero-Americanas (Lima, Peru)
  • Prémio Fernando Namora (Prémio Antena 1 de Literatura).

Cátia Barbosa

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Gente Feliz com Lágrimas - João de Melo

Escolhi este livro por causa do título, que despertou a minha atenção. Também o que li na cantracapa me deu entender que se tratava de um livro interessante. Pelo que já li, acho que o livro é interessante.

Tudo começa com uma viagem por mar. Saindo da cidade do Funchal "numa noite de tréguas a meio da baía, com o presépio das suas casas ao cimo das falésias". Nuno Miguel, Luís Miguel e Maria Amélia, todos passam por essa pequena morte iniciática de cinco dias de navegação "quase sem alimento, com o abominável cheiro dos barcos metido no estômago e nos pulmões, quem sabe mesmo se dentro das veias". Deixam para trás "um sulco de lamentações e gritos" — porque "os pobres eram sempre ruidosos, para serem "cadáveres debruçados do convés, sobre o mar de Lisboa", até uma poeira dourada de luzes lhes indiciar a aportagem, e o renascimento esta família açoriana que vive as últimas décadas de um Portugal em mudança e que sofre a solidão e a pobreza desse povo, quase sempre sem deixar perder a esperança.

Cátia Barbosa

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Retalhos da Vida de um Médico - Fernando Namora

Neste livro que estou a ler, o excerto que gostei mais foi a histria "A mulher afogada":

" Um aldeão veio dos lados das serras [...] e falou do acontecimento do seu povo: aparecera uma mulher afogada e o regedor insistia na presença das autoridades da vila.
Naquele dia o subdelegado de saúde estava doente; olhou de longe para essa caminhada por veredas do diabo e pediu-me que o substituísse.
A aldeia era no cabo do mundo, quase no pico da serra escalvada, no sítio da romaria da santa. A gente, de longe, via a montanha nua e cinzenta, sem árvores, sem mato, e parecia-nos fantástico que alguém teimasse em viver nessa terras malfadadas. Acompanhei até lá o funcionario da justiça. O aldeão sentou-se à beirinha do assento e apoiou-se nas costas do motorista quando o automovél arrancou. Ia desnorteado pela velocidade do carro, estendia os olhos e o pescoço para não confundir caminhos nessa mistura alucinada de árvores que fugiam com a estrada. Ele conhecia cada palmo da serra, mas conhecia-a de coração e olhos serenos, a passo ou do alto do lombo dos jumentos. Foi por isso que só avisou no último momento, apertando desesperadamente o braço do motorista:«È aqui!»

Este «aqui»traduzia apenas que não podiamos contar com o carro para o resto da marcha. Dali para cima eram uns atalhos de areia, desviando-se das fragas, onde nos espreitavam bandos de gafanhotos da cor da terra ressequida."

Um aldeão que vivia na serra da Senhora do Circo disse ao povo que aparecera lá uma mulher afogada.
No dia do acontecimento, o subdelegado de saúde estava doente e então o médico foi substitui-lo.
Depois o médico foi com o funcionário da justiça de carro.
Depois o funcionario da justiça disse que era ali, mas não disse que era ali que a mulher morta estava afogada, mas sim onde o carro teria de ficar, porque já não conseguia passar.Depois tiveram de ir os dois a pé até ao local onde a senora se encontrava, mas a estrada estava cheia de buracos e com muitas fragas no meio.

Vânia Morais





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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A Sibila - Agustina Bessa Luís

Estou a ler o livro A Sibila de Agustina Bessa Luís e esta foi a passagem que mais gostei até agora:

"E, bruscamente, Germa começou a falar de Quina.

Era em Setembro, e a casa, temporariamente habitada expulsava o seu carácter de abandono e de ruína, com aquele calor de vozes e de passos que amarrotam folhelhos amontoados em todos os sobrados. O tempo estava morno, impregnado dessa quietude de natureza exaurida que se encontra num baque ondulante de folha ou na água que corre inutilmente pela terra eriçada de canas donde a bandeira de milho foi cortada. Desde a morte de Quina, nunca mais a casa tivera aquela emanação de mistério grotesco ou ingénuo; e Germa não encontrava mais sabor nos serões ao boralho, mexendo as achas, fazendo rodinhas de fogo-preso com o atiçador esbraseado, ou catando nos escanos o rapa do Natal, em cujas faces as letras tinham sido desenhadas com tinta venenosa de bagominhas. Ah, Quina, tão estranha, difícil, mas que não era possível recordar sem uma saudade ansiada, quem fora ela?

Joaquina Augusta nascera nessa mesma casa da Vessada, setenta e seis anos antes. Era uma menina de aspecto pouco viável, roxa, moribunda, e que apresentava no pulso esquerdo uma mancha cor de sépia, motivada pelo facto de sua mãe ter sido salpicada de fígado de porco, por ocasião de uma matança, estando ela nos primeiros tempos da gravidez." Pg.9

Escolhi esta passagem porque nos fala do nascimento de Quina que é a Sibila e mostra-nos que ela nasceu com uma mancha invulgar. Neste excerto, também podemos ver um pouco da cultura das pessoas (a mancha foi atribuída aos salpicos de fígado de porco), do próprio espaço em que se passa a acção (na casa da Vessada) e do que aconteceu quando Quina nasceu.

Bárbara

A Sibila - Agustina Bessa Luís

Escolhi o livro A Sibila de Agustina Bessa Luís, porque gostei do título que significa a profetiza e por ser considerada um grande romance da literatura portuguesa, galardoado com inúmeros prémios, como o Prémio Delfim Guimarães e o Prémio Eça de Queirós, desde que foi publicada em 1954. Até agora, estou a gostar desta obra, apesar de ter uma linguagem um pouco difícil e palavras que desconhecia.

Bárbara

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Retalhos da vida de um Médico - Fernando Namora

O livro que eu ando a ler em Literatura Portuguesa é " Retalhos da vida de um Médico" de Fernando Namora.
Eu estou a gostar muito de ler este livro, mas a parte que eu gostei mais do livro, até agora, foi a Historia de um Parto, pois foi a parte que mais interesse me despertou.
Nessa parte o excerto que mais gostei foi:

"E a familia acabou por correr o risco: seria eu o escolhido. Para mim o transporte do burro, o sobressalto ansiado pelo que poderia acontecer.
O meu nervosismo ainda foi atiçado por uma rude prova de fraqueza dos campónios: sucedeu que, mal eu chegara junto da esmorecida parturiente, me confessaram, com ressabios de deferência, as dúvidas que havia na minha escolha!
E ali fiquei, humilde, embrutecido, perante a comadre escura que me vigiava. Os olhos dela, vorazes, eram mais temíveis que esse ventre estafado de esforços vão, do que a bacia estreita que se opunha à vida. Esperei minutos, horas para me decidir aquilo que desde logo me pareceu indicado: a intervenção com medonhos ferros que são o pesadelo das parturientes e das famílias aldeãs".

Este excerto refere que, entre dois médicos, a familia tinha-o escolhido a ele.
E quando o médico chegou ao pé da parturiente contaram-lhe as dúvidas que tinham tido na sua escolha.
Esperou durante algum tempo para pensar o que iria fazer e então lembrou-se de interferir com os ferros para ajudar a senhora a ter o filho.

E assim termina o excerto que mais gostei.

Vânia Morais
Nº25
10ºE




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