quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Esteiros - Soeiro Pereira Gomes

O livro que estou a ler tem o título de "Esteiros" e é da autoria de Soeiro Pereira Gomes. Eu escolhi este livro não pelo título, mas sim pelo que li na contra-capa. Daquilo que já li, apercebi-me que a história se baseia na vida de alguns garotos como o Gaitinhas, o Coca, o Maquineta, o Gineto, o Sagui, entre outros, que com a fome vêem-se forçados a ir trabalhar nas margens do Tejo, onde fabricam peças de barro nos telhais.

Soeiro Pereira Gomes nasceu em Gestaçô, concelho de Baião, distrito do Porto, a 14 de Abril de 1909 e faleceu a 5 de Dezembro de 1949. Viveu em Espinho, dos 6 aos 10 anos de idade, onde recebeu a instrução primária e onde passou o Verão nos primeiros anos da sua vida.

Sendo filho de agricultores, decidiu estudar na Escola de Regentes Agrícolas de Coimbra, onde tirou o curso de Regente Agrícola, e, quando finalizou os estudos, viajou para Angola, onde trabalhou por mais de um ano.

Quando regressou a Portugal, foi habitar em Alhandra, onde vivia o seu sogro, como empregado administrativo na fábrica de cimentos local, onde começou a desenvolver um trabalho de dinamização cultural entre o operariado.

Mas foi o seu trabalho como escritor que o tornou conhecido, sendo considerado um nome grande do realismo socialista em Portugal. Com apenas 20 anos, em 1939, começou a publicar escritos seus no jornal «O Diabo», à época uma publicação progressista que constrastava no panorama cinzento das publicações censuradas pelo fascismo.

Entre os seus trabalhos conta-se a obra "Esteiros", publicada em 1941, considerada a sua obra-prima, ilustrada, na sua primeira edição, por Álvaro Cunhal, secretário-geral do PCP, e dedicada «aos filhos dos homens que nunca foram meninos». É uma obra de profunda denúncia da injustiça e da miséria social, que conta a história de um grupo de crianças que desde cedo abandona a escola para trabalhar numa fábrica de tijolos.

Devido à condição de militante comunista, Soeiro passa à clandestinidade em 1945 para evitar a repressão do regime de Salazar e continua a desenvolver o seu trabalho militante. Grande fumador acaba por ser vitima de cancro pulmonar (e não de tuberculose), agravado pelas dificuldades da vida clandestina. Impedido, pela clandestinidade, de receber o tratamento médico que necessitava faleceu a 5 de Dezembro de 1949.

Encontra-se sepultado em Espinho, terra que o acolheu durante a infância. Da sua sepultura consta o seguinte epitáfio "A TUA LUTA FOI DÁDIVA TOTAL".

http://pt.wikipedia.org

Cátia Barbosa 11.ºE, N.º11





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