quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Manuel da Fonseca - Aldeia Nova

"Levantei um pouco a cabeça e olhei-lhe o rosto através do nevoeiro das lágrimas. E fiquei a olhar se compreender .Seria que os meus olhos baços de água deformavam aquele rosto? Seria que sonhava e via uma figura de pesadelo? Aquele rosto sem cabelos, inchado, cheiode borbulhas negras poderia tersido o rosto risonho e sereno do meu irmão?E tinha os olhos fechados, e tinha os olhos fechados! E os caracóis que voavam ao vento quando corria? E o brilho dos olhos quando parava cançado?" (p. 34)



Gostei especialmente deste excerto, porque é aquele em que as emoções da protagonista estão mais evidentes, o que o torna mais intenso.


Aida Cardoso

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