quinta-feira, 26 de março de 2009

Lembra-te - Florbela Espanca

Minh'alma é a princesa desalento,

Como um poeta lhe chamou, um dia.

È magoada, e pálida, e sombria,

Como soluços trágicos do vento!

È frágil como o sonho de um momento;

Soturna como preces de agonia,

Vive do riso duma boca fria:

Minh'alma é a princesa desalento…

Ate as horas da noite ela vagueia …

E ao luar suavíssimo, que anseia,

Põe-se a falar de tanta coisa morta!

O luar houve a minh'alma, ajoelhado,

E vai traçar fantásticos e gelado,

A sombra duma cruz á tua porta…

Florbela Espanca

Vânia Morais

Nº25

10ºE





Receba GRÁTIS as mensagens do Messenger no seu celular quando você estiver offline. Conheça o MSN Mobile! Crie já o seu!

Sem comentários: