quinta-feira, 30 de abril de 2009

O Desemprego em Portugal

Como é do conhecimento público, o desemprego em Portugal está a atingir proporções incontroláveis e inaceitáveis.
Esta situação atinge desde os operários fabris, professores, recém-licenciados, trabalhadores de meia-idade. Tanto o sector privado, como o sector público são afectados, e chegamos, mesmo ao cúmulo de despedir mulheres grávidas, no nosso país. E qual a resposta do nosso Governo aos apelos dos nossos trabalhadores? O silêncio, um doloroso silêncio.
São 500 mil - não são mil nem dois mil - são 500 mil desempregados, a quem o Estado continua a conceder subsídios de desemprego, ignorando, ou parecendo ignorar, a necessidade de inovar e criar novos postos de trabalho.
Antes das eleições legislativas, o nosso actual Primeiro-Ministro, Eng. José Sócrates, garantiu aos portugueses uma forte aposta governamental na tecnologia e na inovação. Todavia, em que medida esta promessa foi implementada, fazendo diminuir o desemprego? Poderão tirar as vossas conclusões, olhando para os 500 mil trabalhadores que se agrupam nas manifestações contra encerramentos de indústrias têxteis e outras, exigindo indemnizações ou exigindo mesmo os seus salários em atraso.
Dirijo-me, também às grandes influências neste país de favores – será necessária a intervenção da União Europeia neste problema social de dimensão nacional?
Todos queremos um Portugal melhor e internacionalmente reconhecido, não só pelas suas dificuldades, mas pela sua rápida (supostamente) intervenção e resolução destes problemas.
Mas não podemos ficar eternamente à espera que o nosso Governo se debruce sobre este perene problema.
Os Portugueses vão continuar a fazer “bolinhas” à volta dos anúncios nos jornais, a marcar entrevistas, e a escutar um “ NÃO!” pelo telemóvel.
Só continuaremos a alimentar ilusões…

Ana Silva

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